As varizes são veias superficiais que apresentam alteração funcional, relacionadas a circulação venosa do organismo, sendo a manifestação mais comum e identificável da Insuficiência Venosa Crônica (IVC). Esta síndrome (conjunto de sinais e sintomas) pode ser definida como o conjunto de manifestações clínicas causadas pela anormalidade (refluxo, obstrução ou ambos) do sistema venoso periférico (superficial, profundo ou ambos).
As varizes tronculares e colaterais tributarias são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas. Em alguns casos, pode estar acompanhada de outros achados, incialmente edema (inchaço), evoluindo progressivamente para eventuais alterações de pele como hiperpigmentação (escurecimento), eczema (alergia cutânea), atrofia branca e úlceras cicatrizadas ou abertas, geralmente acometendo os membros inferiores. Já as microvarizes ou telangectasias são aquelas pequenas “aranhas” vasculares ou pequenos vasos dilatados que ficam abaixo da pele, normalmente na região da gordura dos membros inferiores. Elas costumam ter um perfil muito tortuoso (pequenos raios ou “rios”) e contam com dimensões pequenas.
As principais queixas clínicas dos pacientes são: dor, tipo queimação; ou cansaço; sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo. Pode ainda surgir formigamento ou cãibras, mais raramente. Estes sintomas frequentemente melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximo ou durante a menstruação e também durante a gravidez.
Dr. Fernando Ressler – Médico do Hospital Sapiranga – Cirurgião Vascular e Endovascular, especialista em cirurgia vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, especialista em Ecografia Vascular com Doppler pelo Colégio Brasileiro de Radiologia.