Fenômeno ocorre devido a uma combinação de fatores, incluindo maior transpiração, menor consumo de líquidos e aumento na formação de urina concentrada
No calor, as pessoas têm maior propensão a transpirar, o que pode levar à desidratação se não houver reposição adequada de líquidos. A desidratação resulta em urina mais concentrada, o que pode favorecer a formação de cristais que eventualmente se transformam em cálculos renais, popularmente conhecido como “pedra nos rins”. O alerta do médico urologista do Hospital Sapiranga, Eduardo Mastalir, é para que a população redobre os cuidados nessa época do ano com a hidratação.
“O principal indicativo, se a gente está tomando líquido adequadamente ou não, é a cor da urina. Por conseguinte, as pedras são realmente mais frequentes no verão, porque o indivíduo soa mais. A urina fica mais concentrada. Não havendo a adequada hidratação, há um risco maior de cálculos renais”, disse.
A atividade física aumentada no verão também pode contribuir para a desidratação. Portanto, durante os meses mais quentes, é essencial manter uma ingesta de líquidos adequada e adotar medidas preventivas para reduzir o risco de cálculos renais.
“Como medidas preventivas, nós também sugerimos o consumo restrito de proteínas de origem animal, principalmente as carnes vermelhas, o consumo moderado de sal. Aumentar a ingesta hídrica, ou seja, tomar água, água de coco, chá, suco ou chimarrão vai ajudar na diluição da urina. Também é indicado consumo de frutas cítricas, uma vez que o ácido cítrico ajuda no dissolvimento das pedras dos cálculos urinários”, acrescenta o médico.
A quantidade de água que uma pessoa deve tomar varia dependendo de fatores como idade, peso, nível de atividade física, clima e saúde geral. No entanto, uma diretriz geral frequentemente recomendada é a “regra dos 8×8”, que significa beber oito copos de água por dia, totalizando cerca de 2 litros. No entanto, essa quantidade pode precisar ser ajustada para cima ou para baixo com base nas necessidades individuais.